Dois artefatos medievais são encontrados e declarados tesouros em Cornwall, no Reino Unido

Dois artefatos medievais são encontrados e declarados tesouros em Cornwall, no Reino Unido

Imagem: Coroner's Court

Dois artefatos históricos foram oficialmente declarados como tesouros após inquéritos separados realizados em Cornwall, região no sudoeste da Inglaterra. Trata-se de um anel de ouro do período pós-medieval e uma moeda cerimonial, ambos com mais de 300 anos.

O anel, conhecido como "Posie ring", foi localizado no distrito de Carrick, em 29 de janeiro de 2023. A descoberta ocorreu quando Alan Williams, utilizando um detector de metais, identificou o objeto em uma propriedade particular, com autorização dos proprietários.

O anel é feito de ouro e possui uma inscrição característica da época: “If Worthy None, So Happy”, seguida das iniciais “ET”. Peças desse tipo eram comuns entre os séculos XV e XVIII, utilizadas como símbolos de amor ou amizade. Segundo o curador responsável pelo laudo, apresentado pelo assistente de legista Guy Davies, o modelo encontrado se assemelha a exemplares identificados em outras partes do Reino Unido.

A posse legal do artefato foi transferida ao Ducado da Cornualha, mas o Museu Britânico já manifestou interesse na peça, por meio do Museu Constantine, localizado na mesma região.

O segundo achado ocorreu em 17 de abril de 2024, no distrito de Kerrier. Um homem identificado como Dalton encontrou uma moeda de ouro enterrada a 12 centímetros de profundidade em uma praia, acima da linha da maré alta, em terreno sob domínio do Conselho de Cornwall.

O laudo apresentado pela ex-oficial de achados Laura Miucci, com colaboração da especialista Deniese Wilding, do Museu Britânico, classificou o item como uma “peça de toque” cerimonial, datada entre 1685 e 1688, período do reinado de James II. Esse tipo de moeda era entregue a pessoas acometidas por escrofulose, enfermidade popularmente conhecida como "o mal do rei", durante cerimônias de cura realizadas pela monarquia inglesa.

A prática foi abolida no reinado seguinte, sob George I, por ser considerada um ritual associado ao catolicismo. A moeda encontrada está bem preservada e, conforme a legislação britânica, foi classificada como tesouro, por conter mais de 10% de metal precioso e ultrapassar os 300 anos de antiguidade.

O Museu Marazion, também na Cornualha, manifestou interesse em adquirir o item para sua coleção. Ambos os objetos agora seguem o trâmite previsto pelo Treasure Act, legislação de 1996 que regulamenta descobertas arqueológicas no Reino Unido.

Os achados reforçam a importância da região de Cornwall como um polo relevante para a arqueologia britânica, com vestígios que ajudam a compreender aspectos sociais, econômicos e culturais da Inglaterra pós-medieval. Especialistas destacam que tais objetos podem ter sido escondidos por seus proprietários como forma de proteger bens valiosos em períodos de instabilidade, prática comum durante as guerras civis inglesas, entre os séculos XVII e XVIII.

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