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Após 232 anos de circulação, a Casa da Moeda dos Estados Unidos encerrou a fabricação do penny, a moeda de 1 centavo. A decisão, determinada pelo presidente Donald Trump, tem como objetivo eliminar custos considerados excessivos e modernizar o sistema monetário.
O último penny foi cunhado em 12 de novembro, na Filadélfia, onde a moeda é produzida desde 1793. A unidade de menor valor do país continua válida como meio de pagamento, mas não será mais fabricada. A interrupção deve gerar economia anual estimada em US$ 56 milhões.
O penny havia se tornado um símbolo de ineficiência fiscal. Cada unidade custava 3,69 centavos para ser produzida, o que representa um gasto quase quatro vezes superior ao seu valor de face. Mesmo assim, 3,2 bilhões de exemplares foram emitidos em 2024.
Trump justificou o fim da cunhagem afirmando que o penny era “um desperdício”. A decisão encerra uma discussão de décadas sobre o papel das moedas de baixo valor na economia americana. O último corte semelhante ocorreu em 1857, quando o meio centavo deixou de ser produzido.
As moedas de 1 centavo que já circulam permanecem em uso, mas devem desaparecer gradualmente, à medida que as transações em dinheiro se tornem arredondadas para múltiplos de cinco centavos. O governo ainda não definiu regras oficiais para o arredondamento, mas a expectativa é de que o impacto sobre os preços seja mínimo, como ocorreu no Canadá e na Austrália.
O debate agora se volta para o níquel, moeda de 5 centavos, que também é produzida com prejuízo. Cada unidade custou 13,78 centavos em 2024, o que reforça a pressão por uma revisão completa das moedas de menor valor.
Mesmo fora da produção corrente, o penny continuará a ser cunhado em edições comemorativas para colecionadores, preservando uma peça que acompanhou mais de dois séculos da história americana.