William Dawson, de 52 anos, foi condenado a cinco anos de liberdade condicional por adquirir ilegalmente mais de 100 moedas de ouro e transportá-las entre estados nos Estados Unidos. A sentença, proferida pela juíza Margaret R. Guzman no Tribunal Distrital de Massachusetts, inclui um ano de prisão domiciliar e a obrigação de restituir os valores obtidos com a fraude.
Dawson se declarou culpado em abril de 2024 pelo crime de transporte interestadual de propriedade adquirida por fraude. Ele foi preso em outubro de 2023, meses após a investigação que revelou seu esquema envolvendo moedas Canadian Gold Maple Leaf, cunhadas com a efígie da Rainha Elizabeth II.
O esquema
O caso teve início em dezembro de 2022, quando um empresário do setor de limpeza de imóveis, identificado apenas como Person 1, encontrou 170 moedas de ouro durante um serviço em Shrewsbury, Massachusetts. O material, avaliado em aproximadamente US$ 290 mil, pertencia a um espólio e teve a venda autorizada pelos responsáveis legais.
Em janeiro de 2023, Dawson se encontrou com Person 1 em Millbury e negociou a compra de 120 dessas moedas por US$ 198,8 mil. Para concretizar a transação, ele entregou dois cheques, apesar de não possuir saldo suficiente para cobri-los. No mesmo dia, Dawson alegou que seu carro havia sido arrombado e que as moedas haviam sido roubadas.
Na realidade, ele começou a vender os itens em lojas de penhores. No dia seguinte à compra, repassou 43 moedas a um estabelecimento em Pawtucket, Rhode Island, por US$ 80,4 mil. Durante o mês de fevereiro, negociou mais 19 moedas em Cranston, Rhode Island, por aproximadamente US$ 35 mil.
Investigação e condenação
O esquema chamou a atenção das autoridades, levando à investigação conduzida pelo Escritório de Boston do Serviço Secreto dos EUA, com apoio do Departamento de Polícia de Milford e da Promotoria do Condado de Worcester.
Dawson poderia ter sido condenado a até 10 anos de prisão pelo crime de transporte interestadual de bens adquiridos de forma fraudulenta. No entanto, sua pena foi reduzida para cinco anos de liberdade condicional, incluindo um ano de confinamento domiciliar. Além disso, ele deverá pagar restituição às vítimas.
O caso serve como alerta para colecionadores e comerciantes de moedas raras, destacando os riscos de transações com compradores sem histórico confiável.