Achado de 2.200 anos revela cidade celta rica e cheia de mistérios na República Tcheca
Mais de 13 mil artefatos foram encontrados em um antigo centro comercial celta, escondido sob o solo por dois milênios.
Uma descoberta impressionante chamou atenção na República Tcheca: arqueólogos encontraram uma cidade celta de 2.200 anos, cheia de moedas de ouro e prata, joias raras, cerâmicas de luxo e até pedaços de âmbar um material supervalorizado na Antiguidade.
O sítio fica na região de Boêmia e tem o tamanho de 47 campos de futebol. E o mais curioso: era uma cidade aberta, sem muralhas ou fortificações. Isso indica que o local era um polo comercial, não uma fortaleza de guerra.
As escavações revelaram mais de 13 mil objetos. Havia moedas cunhadas no próprio local, mil peças de joalheria em metal e vidro, fragmentos de cerâmica com gravuras raras e muito âmbar, que era trocado por ouro e outros itens no sul da Europa.
Tudo isso estava a poucos centímetros do solo, em uma área nunca usada para agricultura moderna nem afetada por escavações ilegais.
O achado mostra que a cidade era parte da antiga Rota do Âmbar, uma espécie de estrada que ligava o norte da Europa ao Mediterrâneo. Produtos como âmbar, mel e peles seguiam rumo ao sul, enquanto metais preciosos vinham na direção contrária.
Apesar de muita gente ligar a região à antiga tribo dos boios, os arqueólogos ainda não encontraram provas claras de quem morava ali. Não há inscrições no local, e por isso os especialistas evitam fazer afirmações definitivas.
O sítio foi descoberto durante obras para uma nova rodovia. Parte dos artefatos já está sendo estudada por especialistas, e uma pequena exposição será aberta nos próximos meses.
Sem sinais de destruição violenta, a cidade parece ter entrado em declínio aos poucos. O que levou ao seu fim ainda é um mistério mas o que ela deixou para trás ajuda a reescrever a história dos povos celtas na Europa.