O Plano Real, criado em 1994, marcou o fim da hiperinflação e inaugurou uma nova fase da economia brasileira. Entre os símbolos dessa mudança está a moeda de 1 real, lançada junto à nova unidade monetária. Desde então, diversas versões circularam, mas uma delas se destaca como a mais rara e cobiçada pelos colecionadores: a edição comemorativa dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1998.
A peça foi emitida em tiragem limitada de 600 mil exemplares e rapidamente se tornou item de prestígio entre os numismatas (estudiosos e colecionadores de moedas). Produzida pela Casa da Moeda do Brasil, sob design do Banco Central, é bimetálica, pesa 7,84 gramas, tem 27 milímetros de diâmetro e borda serrilhada intermitente.
No anverso, a figura de uma pessoa ao lado do globo terrestre representa o logotipo oficial das comemorações do cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O reverso mantém o padrão das demais moedas de 1 real.
A valorização se explica pela escassez e pelo bom estado de conservação. Moedas bem preservadas — sem riscos ou sinais de desgaste — chegam a valer de R$ 300 a R$ 700. Em condições superiores, classificadas como “Flor de Cunho Especial”, o preço pode chegar a R$ 960.
Entre os exemplares certificados pelos padrões internacionais de conservação, o valor é ainda maior. Moedas avaliadas como MS65 alcançam cerca de R$ 1.800; MS66, R$ 2.700; MS67, R$ 4.000; e as mais raras, MS68, podem atingir até R$ 6.500.
A moeda dos Direitos Humanos é hoje considerada a mais valiosa do Plano Real. Símbolo de estabilidade e de um marco histórico do país, ela também representa, para os colecionadores, um pequeno tesouro escondido em gavetas, cofres e antigas carteiras.