Um jovem estudante de Çanakkale, na Turquia, protagonizou um momento especial de preservação histórica. Ali Osman Islak, aluno do colégio Lapseki Hüseyin Akif Terzioğlu, encontrou uma moeda bizantina durante um passeio por Balıkesir, ao norte do país. A peça, que tem aproximadamente 1.000 anos, foi doada ao Museu de Troia, em Çanakkale, destacando o valor da conscientização cultural entre as novas gerações.
A moeda antiga encontrada e doada ao museu por Ali Osman Islak, Çanakkale, Turquia, 15 de janeiro de 2025. (Foto: AA)
A descoberta e a entrega ao museu
Ali Osman Islak fazia um percurso habitual quando notou a moeda. Intrigado, ele levou o achado para a escola e compartilhou com seu professor de estudos sociais, Erdinc Özdinç, que reconheceu a importância histórica do artefato. Juntos, decidiram entregar a moeda ao Museu de Troia, renomado por abrigar diversos itens históricos que ajudam a contar a rica história da região e do país.
Após receber a moeda, especialistas do museu realizaram uma análise detalhada e confirmaram sua autenticidade. A peça, feita no período do Império Bizantino, foi identificada como datada do século X d.C., uma época marcada por avanços culturais e políticos significativos no Mediterrâneo Oriental.
Características das moedas bizantinas
Embora o Museu de Troia não tenha divulgado informações detalhadas sobre a moeda, artefatos similares desse período costumam ser feitos de ouro, prata ou cobre. Muitas moedas bizantinas exibem representações de imperadores, símbolos cristãos, como cruzes, ou figuras religiosas, como Jesus Cristo ou a Virgem Maria, além de inscrições em grego ou latim.
Esses objetos não eram apenas usados para comércio, mas também como uma forma de propaganda imperial, reforçando a autoridade do governante e os valores religiosos da época.
Reconhecimento e homenagem
Ridvan Gölcük, diretor do Museu de Troia, destacou o gesto de Islak como exemplo de responsabilidade cultural. Em um comunicado oficial, elogiou a postura do estudante e ressaltou como atitudes como essa são fundamentais para preservar o passado.
“Ali Osman Islak segue o exemplo de jovens como Necdet, que em 1934 doou uma estela romana, e Onur Çimen, que no ano passado entregou uma moeda encontrada perto de sua casa. Esses jovens são guardiões do nosso patrimônio. Eles protegem nosso passado e carregam nosso futuro.”
O museu ainda aproveitou a ocasião para reforçar a importância de educar crianças e adolescentes sobre o valor do patrimônio cultural, incentivando a preservação de itens históricos encontrados por acaso.
O papel das novas gerações na preservação cultural
A história de Ali Osman Islak é um exemplo inspirador do impacto que as novas gerações podem ter na preservação do patrimônio histórico. Atos como o dele garantem que objetos valiosos sejam estudados, protegidos e expostos ao público, em vez de se perderem no tempo ou caírem em mãos erradas.
Na Turquia, rica em história e lar de civilizações como a hitita, grega, romana e bizantina, iniciativas de conscientização histórica têm se mostrado cruciais. O gesto de Islak reforça a necessidade de investir em programas educacionais que fomentem o respeito e o cuidado com o legado histórico.
A moeda bizantina agora faz parte do acervo do Museu de Troia e estará disponível para visitação, permitindo que milhares de pessoas aprendam sobre o período e reflitam sobre o papel que cada indivíduo pode desempenhar na proteção da história.
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