Foto: Polícia Federal do Pará
A Polícia Federal reforçou a fiscalização contra a circulação de moeda falsa em Belém nas últimas semanas e apreendeu R$ 8 mil em cédulas falsificadas enviadas por encomendas postais. As ações ocorreram entre o fim de setembro e o início de outubro e fazem parte de uma estratégia de repressão a crimes que afetam a economia e a segurança pública.
Nos três casos registrados, as notas vinham de outros estados. A maior apreensão, de R$ 5 mil, foi enviada do Rio Grande do Sul. A destinatária foi indiciada por aquisição de moeda falsa, crime previsto no artigo 289 do Código Penal, que prevê até 12 anos de prisão. Nas duas ocorrências seguintes, os destinatários foram presos em flagrante e levados à Superintendência da PF no Pará.
As investigações apontam para um corredor logístico que liga o Sul ao Norte do país, usado para enviar dinheiro falsificado por meio dos Correios. O Rio Grande do Sul figura entre os cinco estados com maior volume de notas falsas recolhidas neste ano, o que reforça sua importância como ponto de origem da fraude. O Pará, por outro lado, tem sido alvo preferencial pela intensa movimentação comercial, especialmente com a preparação de Belém para sediar a COP 30.
Segundo a PF, o uso do serviço postal oferece aos criminosos baixo custo e dificuldade de rastreamento. O sucesso das operações se deve à integração entre a Polícia Federal e os Correios, que compartilham informações e utilizam sistemas de análise de risco e scanners de dupla energia para identificar pacotes suspeitos. Em 2023, essa cooperação permitiu detectar mais de 800 casos de circulação de moeda falsa em todo o país.
O Banco Central alerta que as notas de R$ 100 e R$ 200 continuam sendo as mais falsificadas. O órgão recomenda que o público verifique elementos de segurança, como a marca-d’água, o fio de segurança e o número que muda de cor. A circulação de dinheiro falso causa prejuízo direto ao cidadão de boa-fé e ameaça a confiança no sistema financeiro.
Com o aumento do fluxo de visitantes previsto para a COP 30, a PF deve incluir o combate à falsificação de moeda entre as ações prioritárias de segurança do evento. A meta é evitar que o crime se aproveite do crescimento econômico da região e da alta circulação de dinheiro.