O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou neste domingo (9) que o Departamento do Tesouro interrompa a fabricação das moedas de US$ 0,01, conhecidas como pennies. O anúncio foi feito por meio da rede Truth Social.
“Por tempo demais, os Estados Unidos cunharam moedas que literalmente nos custam mais de 2 centavos cada. Isso é um desperdício!”, escreveu Trump. “Vamos eliminar o desperdício do orçamento da nossa grande nação, mesmo que seja um centavo de cada vez.”
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A Casa da Moeda dos EUA produziu 3,2 bilhões dessas moedas em 2024, com custo unitário de US$ 0,037. O prejuízo estimado foi de US$ 85,3 milhões no ano fiscal encerrado em setembro.
Histórico de debates sobre o penny
A moeda de 1 centavo tem sido alvo de debates há anos. Seu valor de compra é praticamente inexistente e seu principal uso é fornecer troco, já que os impostos estaduais dificultam arredondamentos.
A última mudança em sua composição ocorreu em 1982, quando o cobre foi substituído por zinco revestido. Em 2009, o Congresso chegou a cogitar a eliminação do penny, mas optou por um novo design comemorativo.
O chefe do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, Elon Musk, já havia sugerido o fim da cunhagem para cortar gastos. O governo Trump tem buscado economizar até US$ 2 trilhões no orçamento federal.
Impacto na numismática e no mercado
A decisão pode movimentar o mercado de colecionadores. Em 1857, quando os centavos de grande porte foram retirados, houve um aumento no interesse por numismática. O mesmo ocorreu na década de 1940, com a circulação de centavos de aço durante a Segunda Guerra Mundial.
Após o anúncio de Trump, unidades da moeda de 2025 já começaram a ser listadas para venda na internet. Ainda não há clareza se a Casa da Moeda poderá distribuir os exemplares já fabricados neste ano.
Além do penny, especialistas apontam que o governo poderia economizar mais eliminando a cédula de US$ 1 e reformulando a moeda de meio dólar para incentivar seu uso comercial.