Você sabia que o Super Bowl tem uma moeda própria para o cara ou coroa?

Você sabia que o Super Bowl tem uma moeda própria para o cara ou coroa?

No Super Bowl, até o cara ou coroa é diferente. O sorteio que define quem começa com a bola não é feito com uma moeda comum. Desde 1994, a NFL usa uma medalha criada especialmente para o evento, produzida pela Highland Mint, na Flórida.

A cada edição, são cunhadas 10 mil peças numeradas. A de número 1 é usada no campo, cem ficam com a liga e as demais são vendidas a colecionadores. Com base de cobre, revestimento de prata e banho de ouro 24 quilates, elas são embaladas em cápsula acrílica, acompanhadas de certificado e estojo oficial. Os desenhos trazem os escudos dos times finalistas e o logotipo do Super Bowl.

O mercado dessas medalhas movimenta valores altos. Unidades comuns custam a partir de US$ 50, mas coleções completas, emolduradas e com todas as edições, chegam a US$ 3 mil. A peça número 1 — a usada em campo — nunca vai a leilão: permanece com a NFL.

O ritual também virou espetáculo. Até 1978, o sorteio era conduzido discretamente por árbitros. Naquele ano, o ex-jogador Red Grange lançou a moeda, inaugurando a participação de celebridades. Desde então, nomes como Norma Hunt, viúva de um dos fundadores da liga, ex-craques e até o presidente Ronald Reagan, à distância da Casa Branca, já comandaram a cerimônia.

O sorteio acontece cerca de três minutos antes do pontapé inicial e é exibido ao vivo. Para os torcedores, virou também motivo de aposta: quem arrisca “cara” ou “coroa” antes do jogo busca um dos mercados mais populares das casas esportivas.

Os números reforçam que tudo é mesmo sorte: em 58 edições, “coroa” saiu 30 vezes e “cara”, 28. Times que venceram o sorteio só levaram o título 26 vezes, contra 32 derrotas. Até sequências chamam atenção: entre 2009 e 2013, “cara” venceu cinco vezes seguidas — algo com apenas 3% de probabilidade de ocorrer ao acaso.

Enquanto isso, no futebol europeu e brasileiro, o lançamento de moeda mantém função prática: serve apenas para decidir quem dá a saída ou escolhe o lado do campo. Árbitros usam moedas comuns ou modelos simples de metal, sem valor colecionável.

O contraste mostra como o Super Bowl transforma até gestos básicos em símbolos de marketing e tradição. De um lado, a moeda virou peça de colecionador e parte do show. De outro, continua sendo apenas o que sempre foi: um cara ou coroa para começar o jogo.



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Comentário recente

  • user por Eliane dias Felipe dos Santos

    Gostaria de saber data de evento de numismática para vendas de moedas e cédulas antiga

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  • user por Ivan B Carmo

    Bom dia! Uma pessoa da família, herdou uma coleção de mais de mil moedas e notas antigas e me ofereceu para comprar ou vender, por favor, aí em Goiânia teria colecionadores que interessariam por um lote assim? Desde já, agradeço!!

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  • user por Gilberto da Silva Motta

    Tenho várias moedas inclusive de 1945 (algumas) tenho curiosidade pela história

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